A Copa do Mundo de Futebol Feminino ainda é algo bem recente se compararmos com a Copa do Mundo de Futebol Masculino, que teve sua primeira edição em 1930. Contudo, para entendermos a história da Copa do Mundo Feminina, é preciso, antes, olharmos rapidamente para a inserção da mulher dentro do esporte em geral.
Os estudiosos da área esportiva, como Tubino (2010), dividem a história do esporte em etapas. Para o autor, o esporte nasceu junto com o homem e foi ganhando novos significados com os passar do tempo. A primeira etapa do esporte é chamada Esporte Antigo em que as “modalidades esportivas” estavam ligadas à sobrevivência, como a caça e a corrida, guerras e lutas. A segunda etapa, Esporte Moderno, nesse período começa a surgir profissionais do esporte. A Terceira etapa é o Esporte Contemporâneo, mais parecido com o que temos hoje. Várias modalidades esportivas sumiram e outras surgiram ao longo do tempo.
A verdade é que a mulher, principalmente durante o Esporte Antigo e Esporte Moderno eram proibidas de participar. Em muitas culturas e países, uma mulher ser esportista era considerado crime. No esporte contemporâneo as coisas começam a mudar, mas como é algo recente, do século 20, o espaço do mercado esportivo ainda está sendo conquistado aos poucos.
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Futebol Feminino
O Futebol feminino começou na Europa. Durante a Primeira Guerra Mundial, as mulheres tiveram suas primeiras equipes, principalmente na Inglaterra. Contudo, foi banido. Após a Copa do Mundo de Futebol Masculino de 1966, algumas coisas começam a mudar e, em 1969, cria-se o futebol feminino, que só foi consolidado nos anos seguintes.
No Brasil, em 1941, durante o Governo Vargas, o Conselho Nacional de Desportos afirmou que o futebol era um esporte fora das capacidades femininas e proibiu o futebol feminino por meio do Decreto-lei 3.199 de 14 de abril de 1941, vigente durante 38 anos. Somente a partir 1979, a mulheres brasileiras puderam praticar o esporte. Em 1988, a CBF convocou a primeira seleção feminina brasileira de futebol.
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História da Copa do Mundo Feminina
A história da Copa do Mundo Feminina começa em 1991. Após a Copa do Mundo Masculina de 1986, a FIFA pensou em organizar o mundial feminino também. A primeira sede do grande evento foi a China. Na primeira edição, 12 países participaram. O único país da América Latina foi o Brasil. O país campeão da primeira Copa do Mundo Feminina foram os Estados Unidos.
Em 1995, a Suécia sediou a segunda edição da Copa do Mundo de Futebol Feminino. Novamente, 12 seleções disputaram da taça e a Noruega foi campeã. Quatro anos mais tarde, na terceira edição, em 1999, os Estados Unidos sediaram o evento. E mais países entraram na competição. Dessa vez, 16 países entraram em campo. O país anfitrião ficou em primeiro lugar e o Brasil conseguiu alcançar o terceiro lugar do pódio.
A quarta edição da Copa do Mundo Feminina aconteceria da China, mas por causa de uma epidemia, a FIFA mudou o local para os Estados Unidos. Novamente, dezesseis países competiram, sendo que mais um país da América Latina participou, a Argentina. Em 2003, a Alemanha foi campeã.
Na Copa do Mundo Feminina de 2007, finalmente na China, a Alemanha tornou-se bicampeã mundial e o Brasil conquistou o segundo lugar. Em 2011, a Alemanha foi sede e o Japão campeão. Nesse período, pensou-se em aumentar o número de países participantes, em vez de 16, como nas últimas edições, 24 países disputariam na próxima copa.
Em 2015, ocorreu a sétima edição da Copa do Mundo de Futebol Feminino. O Canadá sediou o evento que, pela primeira vez, participaram 24 países, entre os países latinos estavam o Brasil, Colômbia e Equador. Os Estados Unidos tornaram-se tricampeões mundiais.
Este ano, 2019, a França está sediando a oitava Copa do Mundo Feminina. Dessa vez, o Chile está estreando na competição, o Brasil continua tentando se manter entre os primeiros lugares e a Argentina, que havia disputado em 2003, luta para não ser eliminada.
Estrelas do Futebol Feminino
Ao decorrer das competições, algumas jogadoras se destacaram no cenário. Entre elas estão brasileiras Marta, Cristiane e Rosana. Provavelmente, entre elas, o nome que você mais ouviu na mídia é o da Marta, mas não era para menos. Marta ganhou o título de melhor jogadora do mundo da FIFA (2006, 2007, 2008, 2009, 2018). Além disso, já foi considerada a maior futebolista do mundo cinco vezes consecutivas e é a maior artilheira em Copas do Mundo (masculinas e femininas).
A primeira vez que Marta participou de uma copa foi em 2003, quando os Estados Unidos sediaram. Desde então, a jogadora, que já está com 33 anos, vem sendo convocada para a seleção brasileira.
Finalmente, as mulheres estão ganhando expressão em eventos esportivos. Infelizmente, ainda não na mesma proporção que a Copa do Mundo de Futebol Masculino em que o mundo para assistir. Mas vemos, que ao longo da história as coisas foram mudando graças a luta de muitas mulheres.
E você, o que acha de mulheres que jogam futebol?
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